Olá!
Sou a Joanna, e sou dos Estados Unidos: nasci e cresci no estado de Michigan, e comecei a viver noutros sítios a partir dos vinte anos de idade. Vivi aquela vida itinerante dos académicos: mudei várias vezes para fazer cursos, para dar aulas, e para fazer investigações. Eventualmente, vim para Lisboa com uma bolsa de investigação para terminar a minha tese de doutoramento na área de história de arquitectura e arte, e fiquei nove anos até agora!

Desde que terminei o meu doutoramento em 2016, tenho sido uma escritora freelancer, uma angariadora de fundos na área da arte e cultura, e uma espécie de agente cultural aqui em Lisboa. Dirigi dois projectos bem sucedidos, relacionados com música. Em cada evento dos projectos – para apresentar as atuações dos artistas em destaque – costumava fazer um pequeno discurso. Pensei nestes discursos na forma de breve “Dharma talks,” porque fui sempre inspirada na aplicação da filosofia budista à experiência vivida. Por vezes falava da arte ou da economia ou da sustentabilidade, mas na maior parte das vezes, estava na realidade a falar sobre amor. O amor é basicamente o meu tema preferido para pensar, para escrever, para falar. O amor é o início e o fim, na minha opinião.
Desempenhei o papel de celebrante do casamento da minha própria irmã em 2015. Foi uma experiência tão bonita, mas eu sabia que seria ainda melhor – e que poderia contribuir ainda mais – para uma cerimónia quando não tivesse as responsabilidades emocionais de ser a irmã da noiva! E pronto, cá estou. A sério, é basicamente o trabalho perfeito para mim. Posso conhecer pessoas bonitas como vocês, e ouvir as vossas histórias; posso pensar na paixão, devoção e aceitação; e tenho esta honra incrível de ficar em pé em frente dos vossos familiares e amigos, e falar convosco sobre o compromisso enorme que estão a fazer.

Qual é o teu tipo de cerimónia favorito?
Não importam tanto os rituais que um casal escolhe, ou que sistema de crenças espirituais guia uma cerimónia, ou quantas pessoas estão envolvidas. As minhas cerimónias preferidas são as que têm um espírito de “bastidores.” Com isto, quero dizer que é óptimo quando o casal, todas as pessoas directamente envolvidas na cerimónia, e até todos os convidados compreendem que isto não é uma atuação no palco para ganhar aplausos, e não estamos aqui para satisfazer qualquer expectativas externas sobre o aspecto do evento. Em vez disso, existe um sentimento de intimidade, autenticidade e humildade, uma espécie de crueza, quando todos compreendem o quão reais todos nós devemos ser, para que estes momentos sejam genuínos e profundamente marcantes. Esta atitude vem com uma leveza e um sentido de humor, bem como uma sensação de reverência – e esta atitude quase garante que todos se vão divertir muito num dia inesquecível. Este é o tipo de cerimónia que deixa as pessoas a lembrarem-se daquele como o melhor casamento em que já estiveram.
Qual é a coisa mais importante para um casal considerar ao criar sua cerimónia de casamento?
Uma vez que é possível (e comum!) casar legalmente sem uma cerimónia de casamento, penso que é realmente importante que cada casal seja claro sobre as razões para fazer tal cerimónia: porque estamos todos aqui? Qual é a intenção subjacente – ou mais especificamente, qual é o objectivo que esta cerimónia se destina a servir?
Por isso, penso que cada casal deve ser claro quanto às suas intenções, e escolher uma celebrante que compreenda isto, e ressoe com isto – e depois, colaborar com a sua celebrante para construir uma cerimónia que funcione.

Palavras de despedida
Para os meus casais, desejo que saibam nos seus corações que o trabalho de cultivar e manter uma verdadeira intimidade com o nosso companheiro escolhido, durante muito tempo, é um dos desafios mais difíceis que enfrentaremos na vida. E é também o mais ricamente gratificante.
Ou seja, devemos pôr de lado as fantasias românticas: o verdadeiro amor é uma guerra espiritual. As “forças inimigas” contra as quais lutamos são os fantasmas e monstros dentro de nós próprios. A pessoa que escolhemos para amar é o nosso companheiro de luta, e prometemos unir-nos a esta batalha, mais corajosos lado a lado.
Aux armes!
Joanna